o Ambiente
PROTETORES SOLARES
UMA FONTE DE POLUIÇÃO DESCONHECIDAFotografia por Francesco Ungaro
Publicado, 09 Setembro de 2021
6 Min.
Os protetores solares são de uso obrigatório durante o verão, certo? Protegem-nos de queimaduras solares, impedem o fotoenvelhecimento precoce da pele e reduzem até o risco de desenvolver cancro da pele. Mas sabias que estes são também considerados um dos grandes poluidores dos oceanos?
Grande parte dos protetores solares possuem componentes químicos na sua constituição que contaminam a água e danificam os biossistemas marinhos.
Grande parte dos protetores solares possuem componentes químicos na sua constituição que contaminam a água e danificam os biossistemas marinhos.
Os recifes de corais representam o ecossistema com maior biodiversidade existente no mundo.
Definidos como estruturas rígidas formadas devido à deposição de carbonato de cálcio por organismos marinhos, são essenciais na proteção contra a erosão dos solos e na diminuição dos danos causados por furacões e tsunamis. Contudo, cerca de 75% dos recifes de corais podem vir a sofrer consequências nefastas devido à atividade humana, sendo os componentes químicos utilizados nos protetores solares um dos grandes contribuintes.
De facto, estima-se que cerca de 14 000 toneladas de protetor solar possam acabar nos oceanos anualmente!
Definidos como estruturas rígidas formadas devido à deposição de carbonato de cálcio por organismos marinhos, são essenciais na proteção contra a erosão dos solos e na diminuição dos danos causados por furacões e tsunamis. Contudo, cerca de 75% dos recifes de corais podem vir a sofrer consequências nefastas devido à atividade humana, sendo os componentes químicos utilizados nos protetores solares um dos grandes contribuintes.
De facto, estima-se que cerca de 14 000 toneladas de protetor solar possam acabar nos oceanos anualmente!
Recife de Coral
Várias substâncias químicas frequentemente usadas nos protetores solares, como a oxibenzona e octinoxato, podem danificar o ADN dos recifes de corais e reduzir a sua capacidade reprodutiva e de regeneração. Mas não só.
Estas substâncias, para além de diminuírem a sua capacidade de adaptação às alterações climáticas, tornam os recifes de corais mais vulneráveis ao processo de branqueamento.
E no que consiste o branqueamento dos corais?
O branqueamento dos corais consiste na perda de cor destes organismos.
As cores vivas são uma das principais características dos recifes de corais e estão intrinsecamente relacionadas com a sua saúde. Estas cores devem-se às algas que constituem os recifes de corais e, sem elas, estes ficam desnutridos e acabam por morrer. A perda destas cores ocorre geralmente devido ao aumento da temperatura das águas do mar, levando a que as algas produzam substâncias tóxicas e sejam expelidas pelos corais.
Embora o seu branqueamento esteja associado maioritariamente às alterações climáticas, vários estudos comprovam já o efeito negativo que algumas das substâncias químicas dos protetores solares apresentam sobre este ecossistema.
Estas substâncias, para além de diminuírem a sua capacidade de adaptação às alterações climáticas, tornam os recifes de corais mais vulneráveis ao processo de branqueamento.
E no que consiste o branqueamento dos corais?
O branqueamento dos corais consiste na perda de cor destes organismos.
As cores vivas são uma das principais características dos recifes de corais e estão intrinsecamente relacionadas com a sua saúde. Estas cores devem-se às algas que constituem os recifes de corais e, sem elas, estes ficam desnutridos e acabam por morrer. A perda destas cores ocorre geralmente devido ao aumento da temperatura das águas do mar, levando a que as algas produzam substâncias tóxicas e sejam expelidas pelos corais.
Embora o seu branqueamento esteja associado maioritariamente às alterações climáticas, vários estudos comprovam já o efeito negativo que algumas das substâncias químicas dos protetores solares apresentam sobre este ecossistema.
O branqueamento do Coral
Mas será que os impactos são apenas ambientais?
Na verdade, vários estudos científicos têm demonstrado que algumas das substâncias químicas presentes nos protetores solares podem também estar associadas a riscos para a saúde humana.
A oxibenzona é uma destas substâncias e está presente em mais de 3 500 produtos de proteção solar. Este componente químico, que atua como bloqueador dos raios ultravioletas, apresenta uma elevada capacidade de penetração nas camadas mais profundas da pele, levando a que se mantenha presente no nosso organismo após a sua aplicação.
Segundo os especialistas, a oxibenzona pode mesmo provocar danos celulares e desencadear desequilíbrios hormonais. Ainda assim, as maiores preocupações associadas a estes químicos relacionam-se com a sua descoberta em amostras de leite materno, deixando fetos e recém-nascidos expostos a estas substâncias.
O que podemos fazer?
Em alguns estados e países, com o Havai e a Tailândia, a comercialização de protetores solares que contenham produtos químicos tóxicos é já proibida. Contudo, nos países em que ainda tal não aconteça, é o consumidor que tem o poder de decisão e que deve procurar no mercado a melhor opção.
Sempre que necessitares de adquirir um novo protetor solar, certifica-te de que este não contem oxibenzona, octinoxato e outras substâncias como parabenos, ácido paraminobenzóico, benzofenonas e derivados de cânfora. Algumas marcas, como a Eau Thermale Avène, têm já implícitas estas preocupações ambientais e disponibilizam produtos com menor impacte ambiental.
Na verdade, vários estudos científicos têm demonstrado que algumas das substâncias químicas presentes nos protetores solares podem também estar associadas a riscos para a saúde humana.
A oxibenzona é uma destas substâncias e está presente em mais de 3 500 produtos de proteção solar. Este componente químico, que atua como bloqueador dos raios ultravioletas, apresenta uma elevada capacidade de penetração nas camadas mais profundas da pele, levando a que se mantenha presente no nosso organismo após a sua aplicação.
Segundo os especialistas, a oxibenzona pode mesmo provocar danos celulares e desencadear desequilíbrios hormonais. Ainda assim, as maiores preocupações associadas a estes químicos relacionam-se com a sua descoberta em amostras de leite materno, deixando fetos e recém-nascidos expostos a estas substâncias.
O que podemos fazer?
Em alguns estados e países, com o Havai e a Tailândia, a comercialização de protetores solares que contenham produtos químicos tóxicos é já proibida. Contudo, nos países em que ainda tal não aconteça, é o consumidor que tem o poder de decisão e que deve procurar no mercado a melhor opção.
Sempre que necessitares de adquirir um novo protetor solar, certifica-te de que este não contem oxibenzona, octinoxato e outras substâncias como parabenos, ácido paraminobenzóico, benzofenonas e derivados de cânfora. Algumas marcas, como a Eau Thermale Avène, têm já implícitas estas preocupações ambientais e disponibilizam produtos com menor impacte ambiental.
Desta forma, sempre que optares por produtos livres de substâncias nocivas estarás não só a contribuir para a proteção dos oceanos e dos biossistemas marinhos, como também da tua própria saúde. Escolhe com consciência, a tua pele e os oceanos agradecem!
por Daniela Oliveira