Grande parte dos resíduos chegam ao oceano através dos rios que funcionam como condutas diretas dos resíduos gerados pelas populações e pelas indústrias.

Quais as consequências?

As concentrações de plástico nos oceanos são responsáveis pela morte de muitas espécies animais, desde aves a diversas espécies aquáticas. Grande parte da perda de animais devido aos resíduos de plástico deve-se ao estrangulamento por equipamentos de pesca abandonados ou ao descarte de anéis de plástico geralmente utilizados no embalamento de bebidas. Os animais ficam presos ou ingerem estes objetos, acabando por sufocar.

No entanto, esta não é o único grande problema. Com o passar dos anos, os resíduos de plástico degradam-se devido à ação das águas do mar, da luz solar e do vento, transformando-se em microplásticos – partículas inferiores a 5 milímetros – facilmente ingeridos pelas espécies aquáticas. Estes microplásticos foram já detetados em mais de 100 espécies aquáticas, podendo também causar a morte dos animais que as ingerem ou até permanecer na cadeia alimentar, chegando até à mesa de qualquer ser humano.

Uma das graves consequências da permanência de microplásticos na cadeia alimentar foi descoberta recentemente, com estudos que demonstraram a existência de microplásticos nas placentas de mulheres grávidas. Isto significa que corremos o risco de atualmente os bebés já terem microplásticos no seu corpo ainda antes de nascerem.

Que medidas estão a ser tomadas?

Muitos governos e organizações encontram-se já em alerta para este problema ambiental, tendo tomado e implementado medidas para mitigar o uso abusivo de produtos plásticos. Estas medidas baseiam-se principalmente na substituição destes produtos por alternativas mais sustentáveis, na aplicação de multas por descarte indevido e em campanhas de sensibilização.